Mãos que afagam e acariciam.
Mãos criadoras, e outras que matam.
Mãos que conduzem. Mãos que desviam.
Na mão do velho, uma bengala ampara os passos.
Na mão da criança, uma boneca de pano.
Mãos laboriosas que lavram, semeiam, colhem e vendem,
alimentando nossas mesas.
Mãos caridosas, nos hospitais, trocando curativos,
trazendo remédios.
Mãos de carrasco, que maltratam, castigam.
Mãos de mendigo, pedindo a esmola de outra mão.
Mãos de engraxate, lustrando sapatos.
Mãos de artista, burilando o mármore, distribuindo tintas na tela,
costurando as palavras de um poema, de um livro.
A mão do jardineiro, plantando uma rosa.
Mão que dá e mão que recebe.
Mão que suplica e mão que devolve.
Mãos de cego que lêem o alfabeto Braile.
Mãos que se juntam na prece, ou na linguagem silenciosa do amor.
Mãos que esbofeteiam e mãos que semeiam benemerências.
Alguém que oferece a mão para ajudar um desconhecido.
O pai segurando a mão do filho, a caminho da escola.
O aceno de uma pessoa amiga. O adeus de quem parte,
com o coração nas mãos,
enquanto outras mãos abanam lenços de despedida.
Ciganas de todos os tempos tentando decifrar o destino,
na palma das nossas mãos...
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